O contacto e a carícia em Biodanza

Encontrar vias que permitem a todos ter a disposição para acariciar, desde as crianças até aos idosos, é a única revolução que faz sentido.  Rolando Toro

Nos dias 21 e 22 de Junho, a Escola de Biodanza Sistema Rolando Toro — BRT Porto assinala a conclusão do seu primeiro ano lectivo com um dos módulos mais sensíveis e precursores da formação: O Contacto e a Carícia em Biodanza.

Este módulo, conduzido por Susana Sarmento, percorre o universo do toque como experiência terapêutica e linguagem afectiva, revelando a potência regeneradora do contacto humano.

A abordagem de Rolando Toro fundamenta-se simultaneamente em antecedentes histórico-antropológicos e clínico-experimentais das terapias do contacto, compreendendo a sua relevância no desenvolvimento da saúde psico-afectiva e regulação do organismo.

No que diz respeito aos antecedentes clínico-experimentais, o conteúdo abrange investigações marcantes como os estudos de Harry Harlow com crias de macacos Rhesus e de René Spitz e Katherine M. Wolf que revolucionaram a pediatria; pesquisas clínicas sobre as perturbações dermatológicas de origem psicossomática como as de Juan Rof Carballo e Maurice J. Rosenthal; uma exploração detalhada das funções integradoras da pele, nas suas dimensões fisiológica, sensível, expressiva e psíquica; e a reflexão sobre os efeitos do contacto e da carícia na vivência da nossa corporeidade.

Em Biodanza consideramos a função do contacto como terapêutica, no sentido em que o contacto corporal, e especialmente a carícia, activa, mobiliza, transforma e reforça a nossa identidade.

A nossa identidade projecta-se na pele, que representa a nossa percepção do limite corporal. Se o nosso limite corporal for insensível, a nossa verdadeira identidade é alterada, ocultada ou encarcerada. Transformar este nosso contentor em algo capaz de projectar e irradiar a nossa identidade, é de importância vital.  Rolando Toro

Convidamos-te a celebrar connosco este fim de ciclo formativo — um rito de passagem doce e curativo, onde o contacto se transforma em carícia, e a carícia se manifesta como ciência do amor.